Foi divulgada recentemente pela Receita Federal uma queda de 11% no número de encomendas internacionais feitas por brasileiros em 2024, somando 187,12 milhões de pacotes contra 209,58 milhões em 2023. À primeira vista, pode parecer que algo alarmante está acontecendo com o consumo nacional. Mas, será que isso é mesmo um problema para o Brasil?
Ao invés de analisarmos essa redução como algo negativo, precisamos olhar para o outro lado da moeda — o crescimento do e-commerce brasileiro. Essa mudança de hábito representa uma movimentação muito mais significativa para a economia do nosso país, gerando empregos, aumentando a arrecadação e fortalecendo empresas locais. Neste artigo, vamos explorar o impacto disso no mercado e mostrar como essa transição está ajudando o Brasil a crescer.
Compras Internacionais em Queda x E-commerce Nacional em Alta
A queda nas compras internacionais não acontece em um vácuo; ela é parte de um movimento maior. No mesmo período em que as compras lá fora diminuíram, o e-commerce brasileiro registrou um crescimento de 10% em 2024, alcançando um faturamento de R$ 204,27 bilhões e um total de mais de 91 milhões de consumidores ativos.
Essa virada se explica, em parte, por medidas do governo, como a implementação da taxa de 20% sobre compras de até 50 dólares vindas do exterior. A ideia por trás disso? Aumentar a competitividade entre os produtos brasileiros e os importados, nivelando o campo de jogo.
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Parece injusto para alguns consumidores? Até pode ser. Mas quando analisamos os benefícios mais amplos para o Brasil — como a geração de empregos locais, o fortalecimento do comércio interno e o crescimento de empresas nacionais —, dá para perceber que o impacto positivo vai muito além de 187 milhões de pacotes.
O E-commerce Brasileiro Está Voando!
Enquanto muitos ainda priorizam compras internacionais, o mercado brasileiro vem dando um verdadeiro salto em termos de qualidade de serviços, parcerias e personalização. Aqui estão alguns motivos que explicam por que muitos estão optando por comprar em lojas nacionais:
- Entrega mais rápida: Quem nunca ficou semanas (ou até meses) esperando um pacote internacional que parecia estar dando um “rolê” infinito pelo mundo? Enquanto isso, mercados como Magazine Luiza, Mercado Livre e outros já dominam a logística e oferecem entregas até no mesmo dia!
- Experiência de compra e confiança: Com políticas claras de devolução e atendimento personalizado, o e-commerce nacional tem investido pesado no consumidor. Chamadas como “frete grátis” e “parcelamento sem juros” são comuns em marketplaces, o que pode ser mais atraente do que lidar com taxas alfandegárias inesperadas ou produtos que podem nem chegar.
- Produtos personalizados para brasileiros: Desde roupas até eletrônicos, empresas locais estão criando soluções pensadas diretamente para os consumidores daqui. Não é toda empresa lá de fora que entende nossas necessidades, certo?
E tem mais: o crescimento das vendas nacionais impulsiona não apenas o faturamento das grandes marcas, mas também de milhares de pequenas empresas e empreendedores que ganham visibilidade por meio de marketplaces e redes sociais. Isso é sobre dinheiro local ficando aqui e ajudando o brasileiro.
Mais Dinheiro Circulando Dentro do Brasil = Mais Benefícios Para Todos
Toda vez que optamos por comprar de uma empresa nacional, não estamos apenas adquirindo um produto — estamos ajudando a movimentar a economia interna. Afinal, por trás do produto que você comprou, há uma cadeia gigante de pessoas que se beneficiam:
- Empreendedores que investem em suas marcas;
- Profissionais de marketing que ajudam a tornar os produtos desejáveis;
- Trabalhadores da logística, do atendimento e das lojas;
- O próprio governo, que arrecada impostos e reinveste (ou deveria) em serviços públicos.
E quando todo esse dinheiro fica no Brasil, ele volta para nós, consumidores, na forma de mais empregos, mais investimentos e mais inovação. “Isso explica por que o crescimento de R$ 18,57 bilhões no e-commerce nacional em 2024 deve ser celebrado, e não minimizado.
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Por outro lado, cada compra internacional que fazemos reforça economias de outros países e enfraquece o comércio local. Não é sobre demonizar o que vem de fora — todos nós amamos ver aquela caixinha do AliExpress chegando, né? 😅 —, mas refletir sobre como nossas escolhas impactam o todo.
Não é o Fim das Compras Internacionais, Mas uma Nova Perspectiva
Claro, ninguém está sugerindo que compras internacionais devam acabar, até porque elas fazem parte da economia globalizada e oferecem produtos únicos que, muitas vezes, só encontramos lá fora. Mas é importante equilibrar essa balança.
Não se trata de “consumir por patriotismo”, mas de considerar os benefícios de fortalecer a economia local de forma estratégica. Com o e-commerce brasileiro crescendo a passos largos, ganhamos acesso a produtos de alta qualidade, entregas rápidas e preços competitivos, além de contribuir diretamente para o crescimento do nosso país.
E, no fundo, é sobre isso: fazer escolhas que não só atendam nossas necessidades imediatas, mas que também tenham um impacto maior — para a gente, para o Brasil e para as próximas gerações.
Conclusão
Em vez de encararmos a queda de 11% nas compras internacionais como um “problema”, precisamos enxergar o crescimento do e-commerce nacional pelo que ele realmente é: uma oportunidade de ouro para o Brasil.
Estamos vivendo uma transformação no modo como compramos, e estar atento a isso é essencial para consumidores e marcas. O comércio eletrônico brasileiro mantém um ritmo sólido de crescimento, e isso é só o começo. A transformação digital no Brasil beneficia marcas e empreendedores, além de fortalecer a economia interna, criando empregos e novas oportunidades
Tem muito ainda para melhorar? Sempre! Mas, por enquanto, é motivo suficiente para comemorar onde estamos chegando.
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